domingo, 14 de maio de 2017

A maternidade

A maternidade, desde a concepção (gravidez), é uma dádiva. Quando eu recebia recém-nacidos na sala de parto, na época de residência médica de pediatria, imaginava como seria quando viessem meus filhos. Vieram dois, que, assim como a mãe deles, são os amores da minha vida.

Padrão-ouro de maternidade: a mãe dos meus filhos.

Quando eu descobri que seria pai pela primeira vez, há vários anos, descobri um belíssimo texto de João Justino L. Filho, intitulado "Você Gestante". Creio que ele retrata bem o que as mulheres que são modelos para mim, começando pela minha mãe e continuando pela minha esposa, são capazes de sentir e fazer pelos filhos, movidas pura e simplesmente pelo instintivo e fundamental sentimento: o amor.  

“Você Gestante”
Crias um ser em ti
Que já se incomoda com teus problemas
Permanece sereno quando estás em paz
Poderás admirá-lo em breve
Ele reconhecerá o teu tato
Seguirá teus passos
Te porá a cantar, a sonhar
Te forçará a aprender para que possas ensinar
Te deixará exausta de falar, mas lerá teus olhos
Dessarumará tua roupa, teus cabelos, te achando linda
Lutará contigo pra ir junto
Horas ficarás louca da vida mas doida por ele
Que saberá arrancar teus risos
Que rirá de tuas graças sem graça
Te pedirá histórias
Te forçará a criar
Poderá vir a te “jogar-na-cara”
Mas não te abortará do coração
Será teu amigo
Carregando teu sangue, levando teus traços, espalhando teu nome
Ouvirá teus sussurros quando tantos ignorarão teus berros
Apostará em ti
Acreditará nos teus talentos
Afinal, mulher, o ser que está em teu ventre
É predestinado a te amar infinitamente.


JOÃO JUSTINO L. FILHO

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